Domingo.
Plano: levantar “cedo” e ir dar uma volta a Manique do Intendente, na Azambuja (a tempo de ver passar os ciclistas), apanhando boleia com a CP. Um passeio de menos de 12 horas. Não é ainda uma escapadinha, uma “viagem”, porque voltaremos a tempo de dormir na nossa cama.
Problema: os dias de trabalho extra-longos cobram-se, e só nos conseguimos levantar às 12h. 😛
Mas é Domingo e vamos curti-lo sem stress. Saímos lá para as 13h30, rumo à estação de Campolide. Nota negativa: sinalética em falta, demoramos a perceber para onde temos que ir, onde estão as máquinas dos bilhetes. Nota positiva: os elevadores existem, funcionam e são grandes o suficiente para caber uma longtail.
Compramos os bilhetes (cerca de 2.50 € cada, só ida). Esperamos uns 15 minutos até chegar o comboio suburbano que nos levará até à estação da Azambuja. Conseguimos identificar o símbolozinho da bicicleta numa das primeiras carruagens e corremos um pouco para lá. Entramos e há bastante espaço para arrumar as biclas, apesar de ficarem sempre no meio do caminho – mas não há quase ninguém no comboio e sobra espaço para passarem pessoas de roda da bicicleta, menos mal.
Para não estarmos com medo que elas caiam e se danifique alguma coisa ou que magoem alguém, prendemo-las ao pilar com as Rok Straps (grande invenção!).
Chegamos à estação da Azambuja. Felizmente há elevadores e estão a funcionar. Problema: são curtos e não cabem lá as biclas normalmente.
Solução: biclas ao alto! Tudo OK.
E lá vamos nós a pedalar. O percurso de ida foi mais ou menos este, num total de 22 Km:
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A dada altura decidimos por um caminho mais “directo”, que no início tinha um sinal de proibição a camiões (“porque será?”, pensámos nós). Bom, por isto, possivelmente…:
Ai, que bem que soube a assistência eléctrica naquele troço de 16% de inclinação. 😛
Lá ao fundo, naquela encosta cheia de árvores, já se via a Herdade da Hera, o nosso destino do dia.
Mas mesmo que tivéssemos tido que pedalar por aquela subida só com a força das nossas pernas (ou empurrar a bicicleta ao longo da mesma), o que sabíamos que iríamos encontrar do outro lado, mais tarde ou mais cedo, dar-nos-ia sempre algum ânimo. Aprendi em Sevilha a apreciar as subidas. Sem subidas não há descidaaaaaaaaaaaaaaaaas! 🙂
Como as nossas biclas de touring ainda não tinham chegado, levámos as biclas do dia-a-dia (quem não tem cão caça com gato), que se portaram muito bem, claro.
Chegámos à Herdade da Hera cerca das 17h. Hora mesmo fixe para almoçarmos. 😛
A Herdade da Hera ainda não está aberta ao público (nós somos visitantes com privilégios 😛 ), mas quando estiver será um sítio onde os ciclistas viajantes (e não só) poderão comer, descansar, acampar, e entreterem-se com várias outras actividades (equitação, quinta pedagógica, observação de estrelas / astroturismo, etc).
Depois de atestados de combustível (vários tipos, incluindo pão-de-ló), conversa posta em dia, e umas voltas pela herdade, era hora de voltar. Queríamos evitar andar de noite (íamos pela N3) mas já não foi possível. Este percurso é “por alto”, mas terá andado à volta disto, mais uns 24 Km de volta:
Compramos os bilhetes, mais uma voltinha nos elevadores, e esperamos uns minutos pelo comboio.
Mais uma hora de viagem, e desta vez saímos em Alcântara-Terra (não queríamos ir às 23h descobrir uma alternativa de acesso para sair da estação de Campolide, que não envolvesse uma subida pior do que aquela de 16% e muito muito mais longa…).
Ou seja, pedalámos ao todo cerca de 50 Km (e viajámos de comboio 2 horas). Por estradas nacionais e por estradas locais com pouco movimento, e outras com nenhum movimento. Sempre em bom asfalto. E mesmo o troço na N3, na parte sem berma, à noite, com algum movimento, foi pacífico.
Foi muito fixe. 🙂
Havemos de repetir brevemente mas já com as LHTs e o equipamento base, e acampando, para testar minimamente a cena toda com um S24P (Sub-24 Pernoitando). 🙂