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Microaventura de Abril: uma S24O até ao Guincho

Não começámos mal o ano de microaventuras, fizémos uma espectacular em Janeiro, com o Gonçalo (mas sem a Mutthilda) mas depois em Fevereiro e Março não conseguimos, os planos saíram furados por várias razões. Mas em Abril retomámos o comboio. 🙂

No domingo 24, véspera de feriado, saímos de casa, em Lisboa, pelas 20h30, para apanhar o comboio para Cascais. Lá, pedalámos cerca de 8 Km até à praia do Guincho. Tivémos muita sorte, estava uma temperatura amena e quase vento nenhum.

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Andámos ali às voltas à procura de acessos para as bicicletas e a sondar o espaço para ver se encontrávamos um sítio simpático, seguro, adequado, sem chatear ninguém e onde ninguém nos chateasse, para pernoitarmos, bivaque style.

Não conhecíamos aquela praia, não sabíamos até onde chegava a maré, que movida nocturna haveria, etc, e depois de tudo considerado, estendemos os bivaques e afins na areia que cobria parte do deck de um barzinho de praia que se encontrava fechado.

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Foi a nossa primeira microaventura sozinhos e num local relativamente perto da “civilização” e estávamos um bocado receosos de termos encontros imediatos com visitantes indesejados durante a noite. Mas correu tudo bem, não nos cruzámos com vivalma. 😛

Para quem vive em Lisboa é uma microaventura fácil e barata. E para nós foi a primeira vez que pernoitámos numa praia.

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Não dormi nada. 🙂

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Penso que foi um misto de factores, era só a 2ª vez que pernoitava na rua sem ser dentro de uma tenda (levámos os bivaques), estava meio com receio de haver gente a passar por ali durante a noite ou de manhã, e ainda não tinha atinado com a pressão de ar ideal para o colchão.

Mas faz parte da aventura (se for tudo muito fácil e confortável não é aventura!). E a experiência de “acordar” na praia deserta às 6 da manhã compensou tudo. 🙂

Microaventura Abril 2016 | S24O @ praia do Guincho

Tomámos o pequeno-almoço.

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E houve sessões de frisbee com a Mutthilda. 🙂

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Depois arrumámos as coisas, levando todo o lixo connosco, claro, e voltámos para Lisboa, com um desvio por Porto Salvo para almoçar com a família. Um bom uso de um feriado! 🙂

Dia X: um pulo à praia

Este post faz parte de uma série: Lisboa-Messines-2013! As fotos estão aqui.
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Depois de na 2ª-feira não termos pedalado (ficámos em casa a descansar, e fomos visitar parte da família – de carro), e de na 3ª-feira termos dado uma voltinha ali perto de casa, na 4ª-feira decidimos ir à praia. A praia fica a mais de 30 Km.

Claro que à boa “nossa moda”, saímos de casa tardíssimo, depois de algum debate interno “vamos ou não vamos” e procrastinação, e por isso quando finalmente chegámos à praia já o sol se punha. Isso não nos impediu de dar um mergulho para assinalar a viagem, claro. Estava boa, a praia, e a água também. 🙂 Não estava quase ninguém ali, e levámos as bicicletas para a areia, prendendo-as aos sinais.

A praia dos Salgados é o meu tipo de praia, uma praia natural, e enquanto não construírem lá mais um resort, será das últimas no Algarve sem betão e asfalto e carros a fazer de transição entre a terra e o mar, em vez de dunas…

A Lagoa dos Salgados é um sítio com valor ecológico, mas pelos vistos não vale tanto quanto um resort com hotéis e golfe. Já construíram um, que faliu, e agora querem construir outro.

Lagoa dos Salgados – Vamos conseguir travar a sua destruição? from Quercus on Vimeo.

A Lagoa, e a praia natural são únicas. Resorts com relva e palmeiras, e hotéis, constroem-se em qualquer lado, e recuá-los 500 metros ou 1000 metros do mar não faz mossa e dá-lhes um caminho bonito para percorrer até à praia. Não percebo as pessoas do meu país, sinceramente. Quando só tivermos resorts, carros, betão e palmeiras por todo o lado, e já não houver nada de natural, o que fará os turistas virem para cá em vez de para os outros milhentos sítios iguais, quiçá até mais baratos?

Por favor, se lá forem, à praia dos Salgados ou à praia Grande, estacionem longe, não levem o carro para cima das dunas, e usem os passadiços em vez de caminhar sobre elas. Obrigada. 😉

Continuando, o sol pôs-se, e nós voltámos para casa, ou seja, mais 30 Km. Fizémos uma paragem na Guia, para testar e fotografar este parque de estacionamento para biclas, pouco funcional (boas intenções sem o know-how = desperdício de dinheiro):

Depois voltámos a parar a uns 10 Km de casa, para visitar os primos. 🙂  Estávamos exaustos. Mesmo. Completamente exaustos. Não percebemos porquê, afinal, 60 Km era o que fazíamos diariamente na viagem para baixo, depois descansámos um dia, pedalámos pouco (31 Km) no dia seguinte, e depois neste dia sentimo-nos inesperadamente supercansados. Mas lá conseguimos arrastar-nos até casa. ;-P

Claro que depois estivémos dois dias seguidos a descansar, não voltámos a sair de bicicleta, foram uns últimos dias de férias muito caseiros, no meio do campo, lá no monte da tia. 🙂

Num dos dias caíu uma boa carga de água, o que nos fez sentir menos mal pelo nosso apego ao sofá nesse dia. 😛

De resto, pouco mais movimento houve que fotografar uns bichos aqui e ali! 🙂

Esta ideia de ir para a praia “todos os dias” parecia gira, mas não tínhamos pedalada para tal. Seriam umas 3-4 horas a pedalar todos os dias (a costa fica a 30 km), como se o touring continuasse. Tentaremos noutra oportunidade, mas não estou convencida de que seja viável, ou interessante, fazê-lo por sistema… Embora tenha a certeza que regressaríamos todos ‘enxutos’, ahah!