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Dia XIII: o regresso a Lisboa

Este post faz parte de uma série: Lisboa-Messines-2013! As fotos estão aqui.
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Finalmente, no dia 31 de Agosto, sábado, regressámos a Lisboa. Pedalámos até à estação da vila, S. Bartolomeu de Messines, para tentar a nossa sorte com o comboio (nessa altura já não havia Regionais Algarve – Lisboa, e o Intercidades requer que as bicicletas sejam desmontadas e embaladas). Desmontar e depois remontar as bicicletas seria uma trabalheira desnecessária (enão tornaria os volumes assim tão mais compactos ou arrumáveis no comboio), por isso tentámos safar-nos com uma técnica intermédia:

  1. retirámos todos os sacos e bagagem da bicicleta
  2. rodámos o guiador
  3. bloqueámos os travões com abraçadeiras plásticas
  4. removemos os pedais
  5. prendemos a roda dianteira ao quadro com umas Rok Straps, para não se mover
  6. embrulhámos as bicicletas em sacos pretos opacos

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Infelizmente, quando chegámos à estação não estava lá mais ninguém e não conseguimos perceber onde pararia o comboio para Lisboa. Tratámos desta logística numa plataforma, mas entretanto chegou mais gente e foram para a outra – perguntámos-lhes e afinal era do outro lado, pelo que toca a fazer piscinas a acartar as bicicletas embaladas e os vários sacos.

Entretanto chegou o comboio. Tentamos perceber onde pararão as carruagens e se haverá alguma carruagem própria para bagagem mais volumosa. O revisor está à porta e olha para nós de alto a baixo – receamos o pior. Mira-nos e volta a mirar-nos e diz-nos que devíamos ter desmontado as bicicletas… Mas no final deixa-nos entrar. Ufa. Ele sugeriu-nos a zona da bagagem mas “fugimos” e ficámos no corredor porque achámos que seria mais prático para todos. Arrumámo-las ao alto e no início estávamos a pensar ficar lá com elas, mas depois vimos que não era necessário, as pessoas passavam bem, as bicicletas não caíam.

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As pessoas tinham que se desviar, para passar entre carruagens, mas dava perfeitamente.

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A catrefada de sacos e bagagem ficou ao monte atrás dos primeiros bancos de passageiros.

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Bonito embrulho, hein? 😛

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Entretanto, chegamos a Lisboa e optamos por ficar em Sete Rios.

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Junta-se novamente a tralha toda na plataforma.

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E desembrulhar é mais fácil e rápido que embrulhar e num instante estamos prontos para continuar viagem, agora até casa.

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Descemos as escadas rolantes em marcha-atrás.

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Ah, Lisboa, so welcoming. 😛

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E mais uns quilómetros a pedalar depois, chegámos bem a casa. A sensação de regresso a casa é também uma doce parte de viajar. 🙂

Dia X: um pulo à praia

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Depois de na 2ª-feira não termos pedalado (ficámos em casa a descansar, e fomos visitar parte da família – de carro), e de na 3ª-feira termos dado uma voltinha ali perto de casa, na 4ª-feira decidimos ir à praia. A praia fica a mais de 30 Km.

Claro que à boa “nossa moda”, saímos de casa tardíssimo, depois de algum debate interno “vamos ou não vamos” e procrastinação, e por isso quando finalmente chegámos à praia já o sol se punha. Isso não nos impediu de dar um mergulho para assinalar a viagem, claro. Estava boa, a praia, e a água também. 🙂 Não estava quase ninguém ali, e levámos as bicicletas para a areia, prendendo-as aos sinais.

A praia dos Salgados é o meu tipo de praia, uma praia natural, e enquanto não construírem lá mais um resort, será das últimas no Algarve sem betão e asfalto e carros a fazer de transição entre a terra e o mar, em vez de dunas…

A Lagoa dos Salgados é um sítio com valor ecológico, mas pelos vistos não vale tanto quanto um resort com hotéis e golfe. Já construíram um, que faliu, e agora querem construir outro.

Lagoa dos Salgados – Vamos conseguir travar a sua destruição? from Quercus on Vimeo.

A Lagoa, e a praia natural são únicas. Resorts com relva e palmeiras, e hotéis, constroem-se em qualquer lado, e recuá-los 500 metros ou 1000 metros do mar não faz mossa e dá-lhes um caminho bonito para percorrer até à praia. Não percebo as pessoas do meu país, sinceramente. Quando só tivermos resorts, carros, betão e palmeiras por todo o lado, e já não houver nada de natural, o que fará os turistas virem para cá em vez de para os outros milhentos sítios iguais, quiçá até mais baratos?

Por favor, se lá forem, à praia dos Salgados ou à praia Grande, estacionem longe, não levem o carro para cima das dunas, e usem os passadiços em vez de caminhar sobre elas. Obrigada. 😉

Continuando, o sol pôs-se, e nós voltámos para casa, ou seja, mais 30 Km. Fizémos uma paragem na Guia, para testar e fotografar este parque de estacionamento para biclas, pouco funcional (boas intenções sem o know-how = desperdício de dinheiro):

Depois voltámos a parar a uns 10 Km de casa, para visitar os primos. 🙂  Estávamos exaustos. Mesmo. Completamente exaustos. Não percebemos porquê, afinal, 60 Km era o que fazíamos diariamente na viagem para baixo, depois descansámos um dia, pedalámos pouco (31 Km) no dia seguinte, e depois neste dia sentimo-nos inesperadamente supercansados. Mas lá conseguimos arrastar-nos até casa. ;-P

Claro que depois estivémos dois dias seguidos a descansar, não voltámos a sair de bicicleta, foram uns últimos dias de férias muito caseiros, no meio do campo, lá no monte da tia. 🙂

Num dos dias caíu uma boa carga de água, o que nos fez sentir menos mal pelo nosso apego ao sofá nesse dia. 😛

De resto, pouco mais movimento houve que fotografar uns bichos aqui e ali! 🙂

Esta ideia de ir para a praia “todos os dias” parecia gira, mas não tínhamos pedalada para tal. Seriam umas 3-4 horas a pedalar todos os dias (a costa fica a 30 km), como se o touring continuasse. Tentaremos noutra oportunidade, mas não estou convencida de que seja viável, ou interessante, fazê-lo por sistema… Embora tenha a certeza que regressaríamos todos ‘enxutos’, ahah!

Dia IX: Uma voltinha Altemente!

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Bom, depois da empreitada dos 330 Km de pedaladas entre Tróia e Messines, com aquela última etapa puxada, tirámos o dia seguinte (dia VIII) para descansar! Mas na 3ª-feira pegámos nas biclas para dar uma voltinha ali pela zona (dado que já era tarde e ainda não tínhamos energia para a volta para a praia, o plano original), e fazer mais uma visita familiar.

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Ver mapa maior

Foram 31 Km (agora sem toda aquela carga!) que incluíram algumas boas subidas até Alte (Loulé), e respectivas descidas fenomenais. 😀 A vista, a paisagem foi sempre bonita, e estava um dia lindo para estar lá fora a pedalar!

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Do Azinhalinho até Alte foi um percurso muito agradável, apesar das subidas, pela paisagem e pela tranquilidade (a estrada não tinha tráfego automóvel virtualmente nenhum!).

A caminho parámos para admirar a serra. “Olha que sim, foi ali que andámos perdidos à meia-noite no domingo!” 😛

Alte é bonito, verdejante e bem cuidado, mas estava morto, comércios fechados e sem gente, quase… 🙁

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É caso para dizer “então para que raio serve a relva?!”.

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Enquanto o Bruno fazia umas gravações de campo para as músico-cenas dele, eu fui molhar os pés na Fonte Grande, e se fosse mais cedo tínhamos ido ao banho! 🙂

À saída encontrámos ainda um sítio decerto bike-loving, mas estava fechado e não pudémos descobrir o que havia para ali que tivesse a ver com biclas. 🙂

Depois de Alte, já cá em baixo, apanhámos um troço em estrada de terra batida e calhaus, um BTT light, suponho, antes de chegarmos ao Barrocal, desta vez ainda de dia, para podermos apreciar a envolvente! 😉

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Foi mesmo muito fixe! 😀 Recomendamos vivamente!